Até como reflexo da crise econômica mundial que inviabiliza uma mudança brusca de guarda-roupa a cada estação, a moda cada vez está mais perene. Não há grandes choques entre as trocas de vitrines. Sobretudo para uma cidade como Recife, onde o calor dá as caras durante todo o ano. Entretanto, pelo menos nove a cada dez fashionistas elencam entre as poucas novidades da coleção de outono/inverno (que já começa a ganhar as araras) a presença da androginia, ou seja, o diálogo entre o masculino e o feminino nas peças.
“Trata-se de uma escola que vem desde os anos 1960, com base do Miss Mod, ‘mod’ de moderno. Basicamente são peças sóbrias, que mesclam na maioria das vezes branco e preto, combinando estruturas de moda masculina com a feminina”, conta a diretora criativa da Marie Mercié, Mércia Moura. Gucci e Yves Saint Laurent que sempre usaram e abusaram dessa ideia trouxeram mais uma vez para esse ano, o que reverberou para o mundo.
Como fazer? Dentro dessa tendência, a peça coringa é a atemporal camisa branca, que é uma das adaptações mais felizes do guarda-roupa masculino. “Faça a experiência de abotoá-la até a gola, escondendo o colo, e fechar os pulsos, mas dando uma pincelada feminina com um colar maior, brincos chamativos. Você também pode fazer um bordado de pedras na gola, como quem diz ‘a mulher também existe aqui!’. A ideia do mod é brincar com a ambiguidade de gênero, e acaba ficando tudo muito elegante”, recomenda Mércia.
Fonte: Blog Social 1.
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